"Eumismo"

"Egoísmo
é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona."

(Wikipédia)"




Havia uma garota cega, que se odiava pelo fato de não conseguir ver! Como um animal selvagem ela afastava a todos de si, menos seu namorado.

Ele era muio gentil com ela, e descrevia, com grande prazer, a ela todas as belezas do nosso mundo. A auxiliava em tudo, tudo mesmo, e estava sempre por perto.

Um dia enquanto estavam passeando ela suspirou e disse:

- Se pudesse ver o mundo, a primeira coisa que eu faria, seria me casar com você…

Como num milagre, em um dia de muita sorte, alguém doou um par de olhos a ela. Tão grande era sua felicidade!!!

Assim que foi possivel, saiu a procura de seu namorado. Estava louca para conhece-lo. Avistando ele ao longe, sentado de costas num banco da praça, saiu correndo entusiasmada para ve-lo. Quando ela se aproximou, ele lhe perguntou:

- Agora que você pode ver você se casará comigo???

A garota estava chocada. Só agora ela percebeu que seu namorado era cego!

Ela disse:

- Eu sinto muito, mas não posso me casar com você, porque você é cego! Eu nunca imaginei isso... nossa vida seria complicada, difícil… pra mim e para você.

O namorado nada fez, apenas virou as costas e foi andando, cabisbaixo.

Então se virou para trás e disse:

- Por favor, apenas cuide bem de MEUS OLHOS!


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O egoísmo é a raiz de todo o mal.

Baba yaga e Vassalisa - II Parte


De repente...


Ela ouviu um barulho familiar se aproximando. Eram passos de cavalo logo atrás dela. Quando se virou para olhar, eis que bem perto de Vassalisa, já aparecia um cavaleiro branco, montado num magnífico cavalo branco. Trazendo o raiar do dia a cada passo que dava, ele ia iluminando cada gota de orvalho, cada folhinha de cada árvore. Ia despertando cada passarinho, que logo começava a cantar. Os morcegos e corujas voltavam para suas casas, sabendo que já era hora de descançar. O cavaleiro passou por ela, bem diante daqueles olhinhos que brilhavam, e depois foi sumindo no meio da floresta. Maravilhada com a visão só conseguiu continuar seu caminho momentos depois do que havia presenciado. Continuou andando e ouvindo as indicações da bonequinha para chegar até a casa da Baba yaga.

Passaram-se horas e a fome já começava a incomodar sua barriga, a luz estava ficando mais e mais forte a cada hora que passava e, quando a luz estava em seu auge, tirou um pedacinho de pão que carregava e dividiu com sua bonequinha. No meio da refeição ela ouviu um cavalo se aproximando, ficou logo de pé par ver o cavaleiro branco, mas qual não foi sua surpresa quando em vez disso ela viu cavalgando rápido e lindamente, um caveleiro vermelho, montado num cavalo vermelho trazendo o entardecer.

Vassalisa nem piscava seus olhos diante de tamanho espetáculo. A luz, que ia cobrindo tudo, era de um tom avermelhado tão lindo. E, assim como o primeiro, ele foi espalhando aquela luz por todos os lugares. A brisa do entardecer tocou o rosto da menina, os animais pararam por um instante sentindo-a, e depois seguiram seus ritmos vendo a luz do sol ficando cada vez mais fraca. O calor do meio dia ia ficando mais brando, menos ardido para floresta. A menina se sentindo mais disposta então, continuou a caminhar.

Enfim, já exausta, avistou um cavaleiro vestido de negro, com seu rosto tão branco quanto a lua. montando em um lindo cavalo negro ele trazia as estrelas em sua capa que cobria tudo de uma escuridão profunda. Assim as criaturas noturnas da floresta foram despertando. A Coruja com seu canto passou voando sobre sua cabeça, os grilos e cigarras acompanharam a melodia. A sinfônia da noite ia se formando a medida que o cavaleiro se distanciava e se tornou completa quando entrou numa cabana esquisita- Havia uma cerca feita de caveiras e a casa se firmava sobre enormes pés de galinha, amarelos e escamosos, que andavam sozinhos. As cavilhas das portas e janelas eram feitas de dedos, mãos e pés humanos, e a tranca era um focinho com dentes pontiagudos- Então noite reinou na Floresta.

Vassalisa achou que não poderia ficar com mais medo, foi quando viu a própria Baba Yaga descendo do céu, provando o contrário.
Antes que Vassalisa pudesse dar um passo sequer, a mulher desceu do céu aos gritos:

- O que você quer?

Vassalisa estava tão aterrorizada que se sentiu desmaiar. Tudo em volta era sinistro e Baba Yaga tinha um ar ameaçador. Mas resolveu encher-se de um pouquinho de coragem. Já que estava ali, ia tentar a sorte e pedir ajuda àquela assustadora senhora. Assim, aproximou-se da velha e disse:

- Olá, avozinha! As minhas irmãs mandaram-me vir ter contigo, para te pedir um pouquinho de fogo.

A velha retrucou:

- E por eu te daria o fogo menina?

Vassalisa pensou por alguns segundos...

- Por que estou pedindo vovózinha.

A velha fez uma cara de surpresa diante da resposta simples, mas sincera e disse:

- Eu sei quem tu e as tuas irmãs são. Só te darei o Fogo se fizeres certas tarefas para mim. Se não as fizeres, mato-te. Ficaste impressionada com a minha paliçada, não foi?


A bruxa deu jantar a Vassalisa, indicando-lhe também uma cama para ela dormir.
Como partiria cedo no dia seguinte, disse-lhe que, no dia seguinte, queria que ela varresse o chão da casa, preparasse o jantar e tirasse grãos negros e ervilhas selvagens de uma masseira de trigo, que teria de ser lavado. Vassalisa, antes de ir para a cama, deu comida à sua pequena boneca e confessou-lhe nunca conseguiria acabar as tarefas a tempo. A boneca tranquilizou-a, dizendo-lhe para não se preocupar com nada.

No dia seguinte, Vassalisa cozinhou e varreu a casa, enquanto a boneca tratou do trigo. Quando Baba Yaga chegou a casa, ao cair da noite, vasculhou toda a casa e inspeccionou o trigo. Porém, não lhe disse nada.

Antes do jantar, três pares de mãos sem corpo carregaram um saco pesado de trigo e puseram-no aos pés da velha. Esta disse que Vassalisa deveria tirar todas as sementes de papoila e terra que nele encontrasse.
Mais uma vez Vassalisa desabafou com a sua amiguinha, que lhe disse para não se preocupar. Quando a velha saiu, no dia seguinte, a boneca limpou o trigo rapidamente, dando tempo a Vasilissa para preparar um delicioso jantar para Yaga. Ela só chegou quando a noite já era cerrada, com um ar carracundo que se suavizou ao ver a rapariga amedrontada com jantar à sua espera. Os três pares de mãos surgiram do nada e levaram a papoila para a prensa.

Isso intrigava muito Vassalisa.

"Como ela consegue fazer isso tudo?" Pensava.
Até que sua curiosidade foi maior e ela disse:

- Posso perguntar-lhe uma coisa vovó?
- Pergunte, mas lembre-se, nem toda pergunta é boa. Conhecimento demais envelhece.
- Quem são os cavaleiros de branco, vermelho e preto?
- AH! São Meu dia Radiante, Meu sol da tarde e Minha noite fria e misteriosa.
- Hum... entendi....

Mas Baba Yaga também era muito curiosa e queria saber como Vassalisa havia conseguido fazer todas aquelas tarefas em tempo. E essa foi a resposta que ouviu da bela mocinha:

_Foi a benção da minha falecida mãezinha.

_ Benção?! - gritou a velha - Benção?! Não precisamos de nenhuma benção por aqui. Fora! Vamos! Vá embora! Saía logo daqui!

Dizia rispidamente enquanto empurrava Vassalisa para fora, colocando em suas mãos um enorme osso com uma caveira no topo.

- Este é seu fogo. Suma logo daqui.


Vassalisa vendo que a caveira tinha fogo saindo pelos olhos, ouvidos, nariz e boca, agradeceu-lhe muito e partiu naquela mesma noite. Quando já estava quase chegando em casa, a jovem sentiu um verdadeiro pavor daquele objeto. Sua vontade ela abandoná-lo lá mesmo, mas a caveira insistiu para que a levasse até à família, pois tudo ficaria bem. Chegando em casa deparou-se com as meias-irmãs e a madrasta surpreendidas com a sua chegada. Ao que parece, tinham-na dado como morta.
Vassalisa, querendo ser bondosa para elas, deixou-lhes a caveira luminosa, para que pudessem dormir com luz.
A caveira passou a noite observando a madrasta e sua filhas, queimando as maldades delas por dentro.
Na manhã seguinte, quando Vassalisa acordou encontrou a madrasta e suas irmãs reduzidas a cinzas.

Baba yaga e Vassalisa - I Parte


Ando meio ausente da vida de meus amigos por causa do trabalho, mas saibam, meu amados, que não esqueço de vcs jamais.
Ká, minha florzinha, adoro seus comentários aqui nas Teias... aprecio deveras a tua opinião, que é sempre bem-vinda.
Desculpas sinceramente dadas... vamos ao conto :)

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Baba yaga e Vassalisa - I Parte

Havia uma bela menina chamada Vassalisa que vivia com seus pais num lar muito pobre, porém feliz.
A vida ia tranquila e simples, quando no oitavo inverno da menina, a tristeza e a morte cobriram a casa da jovem com seus escuros véus, levando a mãe da bela menina.

A pobre mãezinha, ainda moribunda, chamou-a em seu leito e, com amor, entregou à triste menina uma pequenina boneca de madeira, juntamente com a seguinte orientação:

- Estas são minhas últimas palavras, minha filha querida. Siga-as com atenção. Se você precisar de ajuda, pergunte à boneca e ela lhe dirá o que fazer. Guarde-a sempre consigo. Nunca fale sobre ela a ninguém e alimente-a sempre que ela tiver fome.

Vassalisa cresceu ao lado de seu querido pai, tendo sempre por perto a sua querida boneca, que guardou como um rico tesouro e a alimentava sempre.

Preocupado com Vassalisa que ficara sem mãe tão cedo, e sempre a vendo, tão sozinha, conversar com uma boneca de madeira, decidiu casar-se novamente, afim de dar uma nova mãe a sua filha amada.

A nova esposa tinha duas filhas da idade de Vassalisa. Era uma bela mulher, porém mesquinha, cheia de inveja e ciúme. De imediato não gostara da menina, pois perto dela suas duas filhas mais pareciam borrões feios na parede.

Na ausência do pai, a mulher e suas invejosas filhas tratavam Vassalisa como serva, impungindo-lhe duras tarefas e desprezando-a por sua simplicidade. A doce menina, com inocência e esperança que algum dia fossem gostar dela, sempre obedecia e cumpria todas as tarefas.

Certa vez, a madrasta quis dar um fim em Vassalisa e apagou o fogo que havia em casa, obrigando a pobre moça a buscar uma fagulha com a Baba Yaga, a bruxa que vivia na floresta.
A madrasta sabia que se Vassalisa fosse até a bruxa, esta a devoraria facilmente e seu plano estaria consumado.

Vassalisa, com toda inocência e doçura do mundo, entrou floresta adentro, levando consigo sua pequenina boneca.
Na medida em que andava, a floresta tornava-se cada vez mais escura e ela só conseguia ouvir o estalar dos gravetos pisados.
Amedrontada, a jovem segurou firmemente a boneca que estava no bolso do avental. A bonequinha, vendo o desespero de Vassalisa, disse para que ficasse tranquila, que tudo sairia bem. Sentindo-se mais segura, seguiu em frente. A cada bifurcação, a boneca dava as orientações para chegar até a casa de Baba Yaga.

Vasalisa, depois de tanto caminhar, fez uma parada para alimentar a bonequinha com pedacinhos de pão. Quando de repente...

Tchammmm... tcham tchammmm... só no próximo post... :) rsrsrs

Baba yaga



Uma figura do folclore do leste europeu. Importante figura no imaginário desse povo, ela está presente em muitos contos tradicionais, no caminho de Vassilissa, a bela, ou do destemido Príncipe Ivan.

Quase sempre se tem a visão de que Baba-Yaga é uma temível bruxa, mas nem sempre foi retratada dessa forma.
Antes da Era Cristã ela era retratada, também, como grande conselheira ou a guardiã de muitos segredos.

Sua aparencia é um tanto "assustadora" para quem não está acostumado. Ela é muito velha e tem nariz de gancho. É muito magra, a ponto de seus ossos aparecerem debaixo de sua pele, e tem os olhos chamuscados, como carvão em brasa.
Vive em uma cabana no meio da floresta. Uma cabana um tanto quanto curiosa, que descança sobre grandes, amarelos e escamosos pés-de-galinha, que andam sozinhos ao seu comando. As cavilhas das portas e janelas são feitas de dedos, mãos e pés humanos e a tranca é uma boca com dentes pontiagudos. A cerca que fica ao redor da cabana é feita de caveiras e ossos humanos.

Baba Yaga voa, para onde quer, dentro de um almofariz* de prata, muito veloz. E o rastro de cinzas que deixa pelo céu, rapidamente a danada vai apagando com sua vassoura.
Algumas pessoas dizem que se alimenta de ossos humanos moídos em seu pilão, mas há quem diga que ela também come criancinhas.

Possuidora de muita sabedoria, é senhora da Vida e da Morte, e também é dona do Dia, da Tarde e da Noite, representados por três cavaleiros:

O Primeiro é um Cavaleiro Branco, que cavalga um Cavalo Branco, e se chama Dia;
O Segundo é um Cavaleiro Vermelho, que cavalga um Cavalo Vermelho, e se chama Tarde;
O Terceiro é um Cavaleiro Negro, que cavalga um Cavalo Negro, e se chama Noite... Claro!

Baba yaga é assustadora e temida, pois quem a procura é obrigado a entrar na escuridão, a deixar o mundo da lógica e do conforto.

"Ajuda os puros de coração e devora os impuros".



*vaso de madeira, metal, pedra, vidro...onde se pisa, esmigalha qualquer coisa com o pilão
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Bem, no próximo post escreverei um conto sobre ela...
Espero que tenham realmente apreciado...

A Mulata de Córdoba

A Mulata de Córdoba - Parte final

Na noite antes de sua excecução Mulata gentilmente pediu ao carcereiro, que passava por sua cela, um pedaço de carvão. O homem ficou confuso, mas como era o pedido de uma pessoa que logo estaria morta, ele fez sua vontade.

De manhãzinha, no dia em que ela iria ser executada, o carcereiro foi visitar sua cela novamente e se viu espatando com o que vira. A moça havia feito um desenho de um grande navio na parede de sua prisão. Surpreso e ao mesmo tempo curioso ele disse:

- Mulher, porque gastas seus ultimos momento com tamanha besteira. Ajoelha-se e arrependa-se de teus pecados antes que seja tarde.

Mulata apenas sorriu e lhe perguntou docemente:

- Bom dia querido carcereiro, me farias a gentileza de dizer o que falta em meu navio?

Ao que o homem responde contrariado:

- Mulher, por favor, se te arrempenderes agora não irás morrer. O que falta ao seu navio certamente é o mastro.

- Se um mastro lhe falta, um mastro ele terá!


O carcereiro foi embora, levando em seu coração uma grande confusão. Não conseguia entender os designios de Mulata.

Ao meio-dia, o carcereiro voltou à cela e viu admirado o grande navio, mas agora com o mastro que antes lhe faltara.

- Querido carcereiro, o que falta agora ao meu navio?

Perguntou a enigmática e linda mulher.

Porém, mais uma vez ele a disse, quase em desespero:

- Mulher que se vê em desgraça, salve tua alma, implore o perdão daqueles que te julgam. Porque me perguntas algo tão obvio? Está claro que ao navio faltam as velas.

- Se as velas lhe faltam meu querido, velas ele terá!

Mais uma vez o carcereiro foi embora, completamente intrigado com aquela mulher, que na certa já estava tomada pela loucura, pois em suas últimas horas de vida gastava seu tempo desenhando.

A Tarde veio, e assim a hora de Mulata ser excecutada tbm. Com toda a praça preparada para sua morte, o carcereiro foi busca-la em sua cela, carregando em seu semblante muita tristesa.
Ela o aguardava, bela e sorridente. Uma pedra preciosa e brilhante ao meio de tanta feiura e sujeira. Mais uma vez, com toda a gentileza, ela perguntou:

- Querido, o que falta agora ao meu navio?

O homem, com uma agonia enorme respondeu quase aos gritos:

- Mulher não percebes que irás morrer e sua alma enviada ao inferno, reza para que tua alma seja recebida por Deus Nosso Senhor e arrepende-te dos teus pecados. A este navio, a única coisa que falta é navegar, está perfeito!

A Mulata, mais bela e doce do que nunca respondeu:

- Pois se vc, meu querido, tanto o deseja, o meu navio navegará!

Sob o olhar em choque do carcereiro, um vento frio e veloz invadiu a cela, e mais veloz que o vento Mulata saltou para o navio, que começou a se mover lentamente e depois a toda vela, levando com ele a poderosa e bela feiticeira.

O homem ficou imovel, gelado e tremulo. Seus olhos se arregalaram e sua boca se arregaçara. Mais tarde o encontraram em estado deplorável, encolhido num canto da cela rezando sem parar.

A Bela feiticeira nunca mais foi vista, a não ser no sonhos daquele pobre homem, aterrorizado pelo poder e enorme beleza, vista naquela tarde que nunca mais esqueceria.

A Mulata de Córdoba
Parte I

Dizem que, há mais de três séculos atrás, na cidade de Córdoba, no Estado de Veracruz, vivia uma mulher de imensa beleza, que era amiga do tempo pois jamais envelhecia.
Todos a chamavam de Mulata, por ter um dourado belíssimo em sua pele.
Ela era uma mulher muito caridosa, e nunca deixava de ajudar aqueles que a procuravam, não importando se eram ricos ou pobres, ela atendia a todos sem distinção, e em seu rosto sempre carregava um grande sorriso, de lábios vermelhos e dentes muito brancos.

Desde a primeira vez em que os homens da cidade puseram os olhos sobre a formosura daquela mulher, as disputas por seu coração começaram. Mulata sempre se fazia cega com relação ao amor dos homens, negava a todos sem exceção.

Contam as más línguas que ela vivia solitária porque tinha como amante o próprio demônio. Dizia-se ainda que, à meia noite, via-se, através das rendas de sua porta e janelas, uma entranha luz saindo de sua casa, parecendo um incêndio em seu interior. Garantiam que já a tinham visto em dois lugares ao mesmo tempo e também surpreendido-na voando por cima dos telhados.

A fama de Mulata foi se espalhando mais e mais a cada dia. Muita gente comentava sobre seus poderes e realmente alguns acreditavam que se tratava de uma grande feiticeira. Sua fama aumentou tanto, que as histórias que contavam acabaram por fazê-la mais uma vítima da inquisição, sendo assim, ela foi presa...

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A primeira vez que li esse conto foi quando tinha por volta dos 12 anos, quando me trancava na biblioteca na hora do recreio. Achei aquele livro todo maltratado na estante do fundo... e foi exatamente isso que me chamou atenção nele... me apaixonei à primeira vista.
Depois de alguns anos, voltei a visitar a escola, procurei por ele... mas já não estava mais lá... infelizmente acho que foi roubado, ou pior... destruído. :(
Escolhi essa história por que ela é uma das minhas favoritas... e sendo a mais velha das minhas favoritas, achei que ela merecia o primeiro post aqui nas teias que começam a tecer histórias.